D. Pedro II foi um monarca que dedicou sua vida à cultura e às artes. Diversas disciplinas despertaram grande interesse e enorme curiosidade no 2o Imperador do Brasil. Dentre as personalidades que entraram em contato com D. Pedro II podemos mencionar os escritores Victor Hugo, Ramalho Ortigão, Henry Longfellow e Alexandre Manzoni; entre os cientistas aparecem destacadas figuras como Charles Darwin e Louis Pasteur, entre os músicos da época o brasileiro Carlos Gomes e o compositor alemão Richard Wagner. Não podia faltar ainda a controversa figura do Conde Joseph de Gobineau, um diplomata racista que serviu como Ministro de Relações Exteriores da França no Brasil.
D. Pedro II e o Mundo Judaico
Aulas
D. Pedro II e os judeus da corte
A corte de D. Pedro II localizada no eixo Rio-Petrópolis contou com vários judeus que contribuíram para o avanço do Brasil. Estes judeus vinculados ao monarca atuaram nas mais diversas atividades: políticas, socioeconômicas, artísticas e culturais. A contribuição econômica teve como principais figuras: José Buschental, o prestamista britânico Denis Samuel e os banqueiros da “Casa Rothschild & Sons”. Na área social o casal Khan, judeus franceses, organizava os saraus do Império. A mobília e os luxuosos objetos do Palácio Imperial eram importados pela conceituada “Casa Wallerstein-Masset”. O dentista de D. Pedro II era o Dr. Edouard Samuel da Costa Mesquita e o alfaiate era um judeu italiano dono da empresa “Gabriel & Segrè”. Os músicos Alexandre Levy, Cecília Silberberg, as irmãs Sinai, Harold Hime, Paula Bucheim, Ida e Helena Goldsmid também colaboraram com a corte imperial.
Os mestres de Hebraico de D. Pedro II
A viagem de D. Pedro II à Terra Santa 1876
O Imperador D. Pedro II concretizou em 1876 um sonho acalentado por anos. Recorreu a Terra Santa numa visita de 24 dias, com uma comitiva de 200 pessoas. Num clima de forte devoção o monarca visitou os lugares santos da Cristandade, inclusive com direito a comemorar seu aniversário no Santo Sepulcro. Durante a viagem visitou figuras realmente exóticas com o emir Abd-El-Kader, Lady Jane Digby Ellenborough e a comunidade dos judeus samaritanos. O relato desta peregrinação se encontra no “Diário de Viagem” guardado atualmente no acervo do Museu Imperial de Petrópolis.